Entrevistas de emprego: falando sobre suas motivações e razões para sair
- Simone-Christelle NgoMakon

- há 4 dias
- 6 min de leitura
Magandang umaga, resposta de DEUS a uma oração! Eu saúdo você em nome de JESUS e espero que você e os seus estejam bem. As notícias são boas, mas não relaxe. Ore em línguas, não pare. Suas intercessões são como aviões de combate: interceptores, caças e bombardeiros a serviço do Reino.
A. Por que os recrutadores fazem essas perguntas.
B. Falando sobre suas motivações (dicas e armadilhas a evitar)
C. Falando sobre as razões para sair (dicas e armadilhas a evitar)
“Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça a DEUS, que a todos dá livremente, sem reprovar, e lhe será concedida.” (Tiago 1:5, NVI)


A. Por que os recrutadores fazem essas perguntas.
A questão das motivações ou das razões para sair pode ser feita de diferentes maneiras:
O que despertou seu interesse por esta vaga?
Por que você se interessou por esta oportunidade?
Por que você se candidatou a este cargo?
O que te motiva a se candidatar?
Por que você acha que seria um bom candidato para esta posição?
Por que você quer deixar seu atual empregador?
Por que você está procurando um novo emprego/oportunidade?
Por que você está avaliando novas oportunidades?
Por que você deixou seu emprego anterior?
Você precisa ser capaz de responder a essas perguntas de forma clara, concisa e coerente. Tudo isso respeitando o sigilo profissional, a confidencialidade (discrição) e as cláusulas de não concorrência às quais você está legalmente vinculado.
Os recrutadores fazem essas perguntas para conhecer suas motivações e sua visão de longo prazo. Você está mesmo procurando um emprego? Você sabe mesmo o que quer? Você tem um plano de carreira ou está apenas buscando um salário melhor? Em segundo lugar, os recrutadores fazem essas perguntas para avaliar sua comunicação, sua inteligência emocional e sua inteligência relacional.
Inteligência emocional é a capacidade de reconhecer, compreender, controlar e expressar suas emoções de forma genuína e cuidadosa, ao mesmo tempo em que distingue as emoções dos outros. Inteligência relacional é a capacidade de estabelecer relacionamentos saudáveis e construtivos com os outros. Também é a habilidade de adaptar o estilo de comunicação ao(s) interlocutor(es). Implica assumir responsabilidades, não assumir papel de vítima e não esperar dos outros aquilo que eles não podem dar. Há uma diferença entre falar de um problema para resolvê-lo, expor um fato para analisá-lo objetivamente, gastar seu tempo falando sobre como você se sente mal e gastar seu tempo reclamando que as pessoas são muito isso ou aquilo. Não estou falando para você fingir ou agir como se seu gestor e colegas fossem algo que não são. Estou dizendo que você deve:
Mostrar maturidade na postura: fale sobre suas motivações e razões para a saída, não sobre as pessoas. Não cabe ao recrutador resolver seus problemas com o empregador anterior ou atual.
Ter sabedoria nas palavras: fale com respeito e cumpra as cláusulas de confidencialidade.
Falar com discernimento: o recrutador não é seu mediador, seu confidente ou seu amigo. O objetivo dele é descobrir se você pode atender aos requisitos do cargo em termos de conhecimento, habilidades, experiência, competências interpessoais, disponibilidade, comunicação e capacidade de lidar com conflitos ou pressão.
Abster-se do pecado: não minta nem difame (inventar, afirmar ou acusar sem provas), e não calunie (mesmo relatando fatos verdadeiros, mas com o único objetivo de amaldiçoar, prejudicar, difamar ou se vingar).
B. Falando sobre suas motivações (dicas e armadilhas a evitar)
É importante ter interesse pela empresa ou pela área de atuação. No entanto, os recrutadores avaliam primeiro suas competências, experiências e habilidades interpessoais antes de suas motivações. É com base nas suas competências e experiências que você foi contatado por um caça talentos ou convidado para uma entrevista. Por isso, fale sobre o cargo antes de falar sobre a empresa ou até mesmo sobre a área de atuação. Nem todas as empresas são famosas, e algumas têm alta rotatividade. Assim, às vezes é melhor destacar suas motivações em relação a área de atuação da empresa antes de demonstrar interesse específico pela empresa ou ONG.
Acredito que listar suas motivações em três pontos, no máximo quatro, já é mais do que suficiente. Você pode até se limitar a dois, se preferir.
Metas / Cargo: Especificamente, quais atividades mais te interessam? O que você gosta nesse trabalho? Como sua experiência, qualidades e formação seriam uma vantagem para essa posição? Esse cargo está alinhado com seus planos de carreira? Você terá autonomia para desempenhá-lo?
A empresa: Em sua opinião, o que há de especial nessa empresa ou associação? O que a diferencia das outras? O que você pensa sobre seu slogan, valores, cultura, serviços, produtos e reputação?
A área de atuação: Você tem interesse nessa área? Como está o desempenho desta área? Atualmente, quais são os desafios? É uma área tradicional, inovadora ou altamente competitiva?
Outros motivos: carga horária, localização geográfica, mudança de carreira, habilidades específicas a adquirir ou desenvolver etc.
Armadilhas a evitar:
Falar do seu interesse pelo cargo sem relacioná-lo às suas competências e experiências. Como já escrevi em outro artigo, o objetivo é convencer, não seduzir. Muito menos despertar pena. Mesmo que seja a empresa dos seus sonhos, mantenha a postura profissional.
Ser vago ou pouco conciso. Seja preciso e direto. Se os recrutadores precisarem de mais explicações, eles vão perguntar. Uma dica, se você tem alto potencial intelectual e pensa de forma ramificada, em estrutura de árvore, grave-se. Grave-se uma vez como se estivesse enviando um áudio no WhatsApp. Depois, ouça a si mesmo.
Não demonstrar entusiasmo ou falar de forma monótona. Falta de dinamismo na voz, como se estivesse apenas recitando um texto.
Exagerar suas competências: ter diplomas, boa experiência, recomendações e autoconfiança não é desculpa para ser pretensioso ou mentir.
Exagerar suas competências: ter diplomas, boa experiência, recomendações e autoconfiança não é desculpa para ser pretensioso ou mentir.
Quando um perfil júnior finge ser especialista, há um problema. O recrutador pode ouvir educadamente, mas não vai contratá-lo. Essa atitude mostra falta de confiabilidade. Alguns recrutadores podem até pensar que ele está subestimando os outros.
Quando um especialista acredita que ser especialista é suficiente para ser um bom gestor, ele não entende o que é uma equipe. A empresa já existe sem você, e pode claramente funcionar sem você.
C. Falando sobre as razões para sair (dicas e armadilhas a evitar)
Existem muitas razões para deixar um emprego:
Ambiente tóxico, assédio, baixa remuneração, falta de reconhecimento, divergências com a gestão.
Necessidade de novos desafios, autonomia ou conflito de interesses.
Busca de sentido no trabalho, reconversão profissional.
Busca de equilíbrio entre vida pessoal e profissional, mudança de cidade, restrições familiares ou estado de saúde.
Mudança de sede da empresa, demissão em massa, plano de reestruturação ou falência.
Incerteza quanto ao futuro da empresa ou ONG.
Projeto pessoal.
Acredito que dar uma ou duas razões já é suficiente. Recrutadores são só recrutadores. Eles não são seus amigos, advogados, intercessores ou psicólogos. Seja sincero, coerente, conciso e preciso. Se quiserem mais explicações, eles vão perguntar. Explique os motivos sem entrar em detalhes e, acima de tudo, diga o que você aprendeu com essas experiências.
Armadilhas a evitar:
Mentir: se você foi demitido por má conduta, por divulgar segredos profissionais, colocar colegas em risco ou por comportamento inadequado, não esconda. O recrutador deve ouvir isso de você, não descobrir depois.
Denegrir seu empregador ou ex-empregadores: você pode dizer a verdade sem denegrir ninguém. Fale dos fatos, não dos sentimentos. Recrutadores não são juízes nem psicólogos. O trabalho deles não é julgar seu empregador nem fazer justiça por você. Existem órgãos competentes para isso. O que interessa a eles não é como seu empregador é ou foi, mas por que você saiu, o que aprendeu e se está pronto para um novo trabalho.
Ser vago ou pouco conciso. Seja preciso e direto. Se os recrutadores precisarem de mais explicações, eles vão perguntar.
Não olhar nos olhos do recrutador: se você não olha nos olhos ao responder essa pergunta, transmite a impressão de que está mentindo, de que não assume responsabilidade pelo que diz ou de que não tem certeza se realmente quer ou precisa deixar seu trabalho. Isso pode passar se você for um perfil júnior, mas além disso, é muito improvável. Sei bem que, em muitas culturas, especialmente na Ásia e na África (começando pelo meu próprio país, Camarões) encarar mais velhos ou superiores por muito tempo é visto como falta de respeito. Mas, nesse caso, não importa: ao responder essa pergunta, olhe seu recrutador nos olhos. Você não está implorando nem suplicando. E, de quebra, já deixa claro desde o início que não aceitará comportamentos inadequados.
🙂 Eu creio que este artigo vai te ajudar a se preparar para suas entrevistas. Até breve, e que DEUS te abençoe!
**Magandang umaga = Bom dia em tagalo (Filipinas)




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